Estar na correria não é motivo de orgulho

Volta e meia você deve conversar com um amigo ou conhecido e, quando pergunta como ele está, a resposta normalmente é: correria. E com isso já fica explicado que a vida dessa pessoa está cheia de compromissos, muito trabalho, pouco tempo para descansar, mas pelo menos está sendo produtiva. Ou você mesmo pode estar nessa posição de correria. Quero falar um pouco mais sobre isso com você agora.

Falar de correria se tornou uma desculpa tão aceitável quanto dizer que não tem dinheiro. Afinal, justificar que não tem dinheiro para fazer algo é uma desculpa mundialmente aceita.

Então quando alguém te convida para sair e você está na “correria”, a justificativa parece ser aceitável. A conversa é mais ou menos assim:

– E aí, vamos jantar essa semana?
– Essa semana não vai dar. Correria, sabe como é, né?
– Beleza então. Deixamos para a próxima.

E na próxima semana, a correria ainda não terminou. Como é uma correria sem direção, realmente é difícil ter fim. Mas, diante disso, pare e pense: você se orgulha de estar nessa “correria” entre aspas mesmo?

Eu realmente não consigo entender como isso pode ser motivo de orgulho e como se tornou uma justificativa tão aceitável.

Muito dessa culpa é da própria cultura em que vivemos. Afinal, imagine a seguinte conversa:

– E aí amigo, como está?
– Correria louca. Nem estou dormindo direito.
– No trabalho?
– Sim, sim. Trabalhando 12 horas por dia.

A pessoa pode pensar na hora que esse amigo que está na “correria” é bem-sucedido. Afinal, é muito solicitado no trabalho, cheio de responsabilidades.

Agora, imagine a seguinte conversa:

– E aí amigo, como está?
– Tranquilo. Trabalhando, curtindo a vida.
– Muito trabalho?
– Sim, mas hoje vou me dar uma folga e descansar um pouco.

Fale a verdade. Qual a primeira ideia que viria na sua cabeça com essa resposta? Provavelmente você pensaria que essa pessoa é despreocupada com a vida, com os objetivos profissionais, que é preguiçosa ou que está sem trabalho.

Se você não pensa assim, boa parte das pessoas pensaria. Pode ter certeza.
E isso é saudável?

Vantagens de não estar na correria


Na verdade, não vejo nenhuma vantagem de estar nessa famosa correria. Então vou falar das vantagens de NÃO estar na correria.

Escrevi esse texto em uma tarde bem tranquila. Tenho trabalho, mas nada que não consiga fazer de forma tranquila. Parei para fazer um lanche com calma e depois voltei aqui para continuar escrevendo.

De noite, eu mesmo vou fazer minha janta, vou relaxar a cabeça e vou dormir com certeza oito horas por dia. No dia seguinte vou preparar todas as minhas refeições, dar uma caminhada ou andar de bicicleta e trabalhar.

O que significa que não vou deixar de fazer nenhuma obrigação, mas não estarei na correria e conseguirei ter qualidade de vida, o que é fundamental para qualquer pessoa. Mas, infelizmente, nem todos percebem e focam somente em trabalhar incessantemente, deixando para pensar na qualidade de vida quando ficarem doentes ou em um futuro bem distante.

Trabalhar é importante e necessário, mas é muito diferente trabalhar do que estar na correria. Posso fazer todas as minhas obrigações do dia sem estar desesperado, ou seja, na correria, e de noite ainda descansar. Trabalhar até às 23h da noite todos os dias não é sinal de dedicação profissional.

Pode ser até burrice, já que a pessoa não consegue dar conta de suas atividades durante o dia e fica até tarde da noite para conseguir cumprir o mínimo de suas obrigações.

E ficando até altas horas trabalhando, não vai poder jantar com o amigo, porque vai estar na “correria”. E estando nessa tal correria, que eu vejo como algo parecido com a corrida dos ratos, que você já deve ter ouvido falar, sua vida fica em segundo plano. Tem noção disso? Vou até repetir: sua vida fica em segundo plano.

Isso é sinal de competência, de falta de organização ou apenas um jeito de falar para mostrar que é competente? Deixar a vida em segundo plano é sinal de bom profissionalismo?

Uma forma de fazer isso não acontecer é trabalhando pela internet, de forma autônoma ou como empreendedor digital. Essa não é a única, claro, mas é a que eu recomendo porque minha mudança de planos foi baseada nisso. Se quiser aprender comigo como conseguir isso também, clique aqui ou no link no final do texto.

Pense nisso que falei nesse texto e fuja dessa tal “correria”. Sua vida e seu corpo agradecem. E você não vai deixar de ser uma boa pessoa ou profissional por isso.



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Olá. Meu nome é Dieverson Colombo, tenho 32 anos e definitivamente não consigo me apresentar em poucas palavras. Mas para você não ficar mais confuso, posso te dizer que me formei em jornalismo, já fiz muita coisa para conseguir pagar as contas, sou escritor e publiquei meu primeiro livro em 2019. Também gosto muito de ouvir e produzir podcasts e por isso você vai encontrar conteúdos nesse formato por aqui.

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