Sobrevivendo às eleições

Quando tinha meus 15, 16 anos, entre as opções de carreira, entrar para a política volta e meia parecia fazer sentido. Sempre fui questionador e me importo desde sempre com a justiça. Tentar me candidatar parecia em alguns momentos uma possibilidade de ajudar a tornar o mundo, o país e a cidade que moro um lugar melhor.

É para isso que serve a política. Claro que na minha família essa ideia não tinha espaço algum, já que ser político significava ser muito criticado, sofrer e se humilhar. Era e ainda é visto por boa parte da sociedade como algo feio, sujo e que só pessoas que querem tirar algum proveito acabam entrando.

A ideia de ser político era muito pequena se comparada com outras possibilidades. Minha paixão por escrita já era evidente e todo esse assunto ficou de lado. Volta e meia, quando via alguma situação que me indignada, pensava se entrar para a política não seria uma opção. Mas logo desistia da ideia.

O tempo passou, a vida é sempre surpreendente e um dos meus melhores amigos hoje é político. Por trabalhar em redações de jornais, acabei conhecendo também pessoas que trabalharam em órgãos públicos e entendi um pouco mais do outro lado da situação. Sigo acompanhando sempre informações sobre isso, mas a ideia de entrar para a política ficou apenas como uma pequena lembrança no passado.


Tentativas de não se estressar com o assunto


Não são poucas as pessoas que adotam a postura de não acompanhar as notícias e informações sobre política. Na verdade tudo é política, mas talvez aqui estamos falando mais do dia a dia de políticos, campanha eleitoral e brigas/discussões sobre o tema.

Escrevi inclusive no meu livro sobre propósito que algumas pessoas não estão interessadas nisso, só querem chegar em casa do trabalho, relaxar e descansar para o dia seguinte. E está tudo certo. Cada um com suas escolhas.

Depois de discutir muito (no bom sentido) por política e me estressar em época de eleição, pensei justamente em adotar essa possibilidade e não dar tanta atenção às eleições desse ano. Assim eu iria me estressar menos e meus dias seriam mais tranquilos.

Mas foi só a campanha começar que automaticamente meu lado indignado aflorou novamente, sem ter mais volta. E aqui estou eu escrevendo durante o período eleitoral e refletindo sobre todo esse assunto.

Como sobreviver a esse período (e outros momentos tensos politicamente)


Talvez a grande questão seja conseguir passar por todo esse período sem se estressar, brigar com amigos e familiares. Independente se você é uma pessoa politicamente ativa ou que não acompanha as notícias.

Para quem acompanha e absorve algumas dessas informações, fica por dentro das notícias e do período eleitoral, de fato é bem mais difícil.

Não são recentes as dicas focadas em nos afastarmos das redes sociais. E nesse caso faz muito sentido. Talvez acompanhar um pouco menos, olhar stories menos vezes por dia ou passar menos tempo com o celular na mão pode de fato fazer uma grande diferença no seu dia a dia.

Fui pesquisar sobre o assunto e li algo que não tinha pensado, mas faz total sentido. Precisamos cuidar do nosso corpo. Inclusive para essa situação. Com uma boa alimentação, exercícios e tudo que envolve uma vida saudável, vamos estar mais preparados para lidar com momentos de estresse, caso venham a acontecer. Então cuidar da saúde até para evitar discussões políticas acaloradas tem o seu grande valor.

Precisamos, claro, entender que cada pessoa é diferente e teve uma vida, uma jornada até aqui. Se fulano vota no candidato X, certamente tem seus motivos, sua explicação para chegar a essa decisão.

É claro que podemos e devemos conversar com pessoas que pensam diferente. Isso é super saudável e faz bem para refletirmos, rende boas conversas e essa troca de conhecimento é sempre muito rica. Mas claro que sempre respeitando o limite do próximo, entendendo que o outro não pensa igual e isso faz parte. É natural.

Em alguns momentos também talvez seja interessante nem começar o assunto, caso saiba que pode gerar algum tipo de confusão, uma briga desnecessária ou troca de xingamentos. É sempre importante avaliar a situação para que não piorem as coisas.

Difícil ter a resposta exata para essa situação, já que sempre vai depender de cada caso. Mesmo sendo um momento que pode ser mais tenso para você e difícil por alguns motivos, precisamos ter empatia com o próximo e estarmos abertos ao diálogo. Porque é só assim que vamos conseguir parar com essas brigas e discussões mais tensas.

Em vez de discutir ou brigar, porque não conversar sobre o assunto? Assim os dois podem aprender sempre e pouco a pouco tornamos o mundo um lugar melhor. Fica a sugestão para começarmos esse assunto.




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Olá. Meu nome é Dieverson Colombo, tenho 32 anos e definitivamente não consigo me apresentar em poucas palavras. Mas para você não ficar mais confuso, posso te dizer que me formei em jornalismo, já fiz muita coisa para conseguir pagar as contas, sou escritor e publiquei meu primeiro livro em 2019. Também gosto muito de ouvir e produzir podcasts e por isso você vai encontrar conteúdos nesse formato por aqui.

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