E a Copa do Mundo…

Não torço para a seleção brasileira. Infelizmente não consigo. Depois de ler muito sobre o assunto e entender mais como funcionam os bastidores e o quanto a corrupção e a falta de competência atrapalham a gestão, desperdiçam dinheiro e fazem com que tudo em torno da seleção seja apenas uma forma de faturar mais dinheiro, não consigo assistir um jogo e torcer para o time do meu país. Amo futebol e tenho camisas de outras seleções, mas não da brasileira.

O que já gerou inúmeras conversas e discussões positivas com pessoas do meu convívio, inclusive. E sempre faço questão de explicar porque não torço para o Brasil na Copa do Mundo. Precisamos lembrar que não somos obrigados a isso. E não é falta de patriotismo.

Assim como eu, mesmo nascendo no Rio Grande do Sul, posso torcer para um time de outro estado e isso não é um problema.

Esse ponto da obrigação de seguir determinada atitude ou o que parece ser o mais correto sem nem ao menos refletir sobre o assunto é outro tema interessante, que merece muita reflexão. Mas vamos focar na questão da Copa do Mundo agora.

Depois de momentos tão tensos e difíceis como o que passamos recentemente (e ainda estamos passando) por conta das eleições, está chegando aquela hora que parece fazer com que tudo seja esquecido, ao menos por um tempo: a Copa do Mundo. Isso pode ser de fato saudável e recomendável.

Em todas as edições recentes, o que se sente é um misto de emoções. Da completa falta de interesse até a bola rolar para a atenção total quando os jogos de fato começam. Para depois aquele sentimento de tristeza por boa parte dos brasileiros quando a seleção é eliminada.


Efeito sedativo da Copa do Mundo


Essa possibilidade de esquecer os problemas por um tempo parece muito agradável por um lado. Mas assim como as fugas que buscamos em nossas vidas como a bebida e doces, por exemplo, quando passa esse efeito os sentimentos negativos ficam ou podem ficar ainda mais evidentes.

E como lidar com tudo isso?

O melhor em qualquer área da vida é sempre o equilíbrio. Mas o futebol, assim como qualquer outro esporte, mexe muito com nossas emoções e dificulta um pouco esse processo certamente.

Assistir aos jogos, distrair a cabeça e torcer ou não para a seleção é válido e muito saudável. Mas talvez sem esquecer tudo que está acontecendo, o mundo ao nosso redor.
E sem esquecer de trabalhar por conta dos jogos, o que pode trazer até problemas também nessa área.

Sempre que a Copa do Mundo está prestes a começar eu lembro dessa reflexão. Esse texto mais uma vez é apenas o início de uma conversa que devemos ter e refletir juntos para lidarmos melhor com as situações que nos esperam.

Se você ler esse texto depois da Copa do Mundo ter começado ou até mesmo acabado, a reflexão permanece válida para momentos em que temos a possibilidade de nos desconectarmos do mundo real.

E você, o que acha de tudo isso?



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Olá. Meu nome é Dieverson Colombo, tenho 32 anos e definitivamente não consigo me apresentar em poucas palavras. Mas para você não ficar mais confuso, posso te dizer que me formei em jornalismo, já fiz muita coisa para conseguir pagar as contas, sou escritor e publiquei meu primeiro livro em 2019. Também gosto muito de ouvir e produzir podcasts e por isso você vai encontrar conteúdos nesse formato por aqui.

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