A experiência de voltar ao cinema no meio da pandemia

No último dia de setembro fui ao cinema assistir o filme 007 – Sem tempo para Morrer. Fiz um texto falando mais sobre o filme que você pode ler aqui.

Estamos infelizmente no meio de uma pandemia e ainda devemos tomar cuidado. Achei uma tentativa interessante e em alguns pontos diferente do que estava acostumado. Por isso vou compartilhar um pouco mais da experiência nesse texto.


A decisão consciente de ir ao cinema



Já fiz as duas doses da vacina e farei quantas forem necessárias. Me senti um pouco mais seguro para ir por conta disso. Sempre me cuidei, usei máscara e respeitei o distanciamento. Então me senti mais seguro e aproveitei o lançamento do filme de uma das minhas franquias preferidas para retornar ao cinema depois de quase dois anos.
Ingresso comprado pela internet e sessão escolhida em um dia e horário de pouco movimento: em uma sexta às 14h. Aproveitando a flexibilidade de trabalhar sem horário fixo.

Fui e voltei de Uber porque de ônibus ainda não me sinto seguro para locomoção. Ao reservar um lugar, por conta da pandemia, os dois do lado direito e os dois do lado esquerdo automaticamente são bloqueados. Uma regra para fazer com que tenha um distanciamento mínimo e aceitável para evitar a aglomeração.

Famílias podem se sentar próximo e é permitido comer, o que não achei positivo nesse momento. Mas como todos estão distantes, fica mais tranquilo. E todos estavam de máscara. Pelo menos na hora que entrei e antes das luzes apagarem.

Depois que as luzes se apagam e os trailers começam a rodar, realmente fica difícil saber quem está seguindo os protocolos. Mas a distância entre cada pessoa dá uma tranquilidade maior para conseguir se concentrar no objetivo principal, que é o de assistir ao filme.


Algumas coisas não mudam

A experiência de assistir um filme no cinema é indescritível. Aquela tela gigante de alta qualidade de imagem, um som impecável focado nos detalhes, cadeiras confortáveis e o tempo do filme dedicado somente a um objetivo: aproveitar. Na teoria é para isso que o cinema existe e tantas pessoas ao redor do mundo vão assistir seus filmes preferidos.

Infelizmente faz muito tempo que isso é apenas teoria. Mesmo com o valor do ingresso cada vez mais alto e mesmo com o fato de ter que sair, se planejar e investir seu tempo para ver um filme, a maioria das pessoas parece não pensar assim.

Na sessão que fui tinham poucas pessoas. No máximo 15, espalhadas por cadeiras em todo o espaço. O tempo todo alguém pegava o celular, com a iluminação no máximo, e ficava mexendo utilizando no meio da sessão. Além de inconveniente, com a sala toda escura a luz acaba refletindo muito forte e acaba até atrapalhando quem está assistindo.

Algumas pessoas estavam umas quatro ou cinco fileiras na minha frente e uma delas não parava de pegar o celular e ficar mexendo. A luz vinha direto na minha cara. Isso é tão irritante que dava vontade de ir reclamar, mas não sei se iria adiantar de alguma forma. Além de ter que perder uma parte do filme para fazer isso.

Sem contar, claro, as conversas. O que também, infelizmente, é bem comum em sessões de cinema.
Saí da sessão feliz por ter visto um filme que eu queria tanto ver, que estava ansioso para assistir. Mas pensando que minhas próximas idas ao cinema serão somente para ver filmes que eu quero muito, mas muito assistir.

Se for para sair de casa, passar o tempo ou ver algo mais ou menos interessante, não acho mais que vale todo o estresse envolvido. Infelizmente mesmo muito tempo depois e com muito tempo sem sair de casa, as coisas continuam iguais.

É difícil entender quem sai de casa, pega um transporte, vai até o cinema, paga um valor razoavelmente alto para ver um filme e fica boa parte dele mexendo no celular ou conversando e atrapalhando quem está querendo assistir. Isso continua igual a antes.


O que vale é a experiência

Tanto tempo depois da última vez, a experiência é válida. O filme foi ótimo e foi bom adicionar um pouco desse entretenimento na vida.

Acredito que com os cuidados necessários em função da pandemia já é possível ir ao cinema novamente. Desde que tenha sorte de não ter pessoas inconvenientes em sua sessão. Ou caso não se importe com isso.
Vai ser uma questão de sorte mesmo.




Se você gosta dos meus textos e do conteúdo aqui do blog, considere me apoiar. Criei uma campanha no Catarse que tem mais informações. A partir de R$5 você já consegue fazer seu apoio.
Aqui o link com todas as informações: catarse.me/dieversoncolombo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Olá. Meu nome é Dieverson Colombo, tenho 32 anos e definitivamente não consigo me apresentar em poucas palavras. Mas para você não ficar mais confuso, posso te dizer que me formei em jornalismo, já fiz muita coisa para conseguir pagar as contas, sou escritor e publiquei meu primeiro livro em 2019. Também gosto muito de ouvir e produzir podcasts e por isso você vai encontrar conteúdos nesse formato por aqui.

ENCONTRE SEUS INTERESSES:

Fale comigo