Heloisa Scarantino tem uma carreira “consolidada” de acordo com os padrões tradicionais. Mas decidiu investir na carreira de coach, mantendo os pés no chão. Hoje ela trabalha no mundo corporativo e atende seus coachees de noite durante a semana. Nos finais de semana, aproveita o tempo para estudar. Conheça um pouco mais da nossa entrevistada de hoje e perceba que para fazer o que gosta não é necessário ter dinheiro sobrando, nem largar tudo. Basta ter planejamento.
– para quem não te conhece, quem é Heloisa Scarantino?
Bem, meu nome é Heloísa, sou paulistana e caçula dentre quatro irmãos. Tenho 45 anos, sou casada e mãe de duas filhas (lindas) adolescentes: Isabella & Larissa.
– você é formada em alguma área?
Sim, sou formada em Administração de Empresas e tenho MBA em Gestão de Pessoas. Além disso, também sou formada em Coaching Integrado ‘Executive & Life Coaching’ pelo Integrated Coaching Institute (ICI) (curso credenciado pela ICF).
– no que você trabalha hoje?
Há 20 anos trabalho na área de recursos humanos, tendo atuado em diversas empresas, sempre na área de desenvolvimento humano e organizacional. Atualmente continuo no mundo corporativo desenvolvendo projetos bem interessantes e desafiadores relacionados à minha área e, em paralelo, estou em plena construção do meu projeto de transição de carreira.
– no que já trabalhou?
Como boa inquieta que sou já trabalhei em muitas coisas ao longo da vida… Comecei a trabalhar bem jovem (16 anos) e trabalhei em lojas, bancos, escritórios. Já estive na área financeira, mas há 20 anos estou em recursos humanos. Como empreendedora já produzi sabonetes artesanais e, mais recentemente, fui sócia de uma loja que vendia artigos para scrapbooks (meu hobby), aonde também dava aulas.
– você está se aprimorando para se tornar coach. Como está esse processo?
Além de ter feito minha formação como Coach em uma instituição bastante reconhecida no mercado, estou concluindo uma formação complementar que me permite sair da teoria e entrar em ação, com o objetivo de me consolidar nessa profissão. O resultado de tanto estudo e dedicação vem quando vejo meus clientes se dando conta de suas potencialidades, saindo do campo do ‘sonho’ para um movimento concreto de ação e conquista de objetivos… Isso sinceramente me realiza!
– a intenção é futuramente atuar somente como coach?
Sim, com certeza. A cada atendimento me sinto mais confiante de estar no caminho certo… Me sinto muito grata por ter o privilégio de apoiar o processo de transformação das pessoas!
– quais suas intenções com o coach? Atender clientes online, dar cursos?
Além de investir cada vez mais nos atendimentos individuais, tanto pessoal como por skype, também pretendo escrever novos ebooks (lancei o primeiro em dez/14) e montar cursos e oficinas.
– quais os teus planos para 2015?
Meus planos para 2015 incluem me consolidar nos atendimentos individuais como coach e investir cada vez mais na construção de um relacionamento próximo com as pessoas que tem interesses por temas como vida e carreira.
– quando ocorreu essa mudança de planos na tua vida e você decidiu virar coach? Aconteceu algo em especial ou sempre teve essa ideia?
Bem, sempre trabalhei com desenvolvimento de pessoas e, apesar de gostar muito desse tema, há algum tempo sentia que não estava 100% realizada com o que fazia. O ano de 2014 foi o ano da virada em minha vida: investi muito em autoconhecimento e, com o tempo, fui me dando conta de que o que faltava para me sentir mais plena era ter uma vida ainda mais alinhada com meus valores e propósito de vida. Nesse contexto, o coach veio como um caminho natural para a minha transição.
– como é isso com a tua família? Eles te apoiam nessa decisão?
Minha família me apoia muito, o que me deixa muito feliz e confiante. Já ouvi por diversas vezes eles comentarem com amigos(as), com orgulho, que o meu trabalho é ajudar as pessoas a realizarem aquilo que é importante para elas e, acima de tudo, fazê-las acreditarem em sua própria capacidade. E, como não poderia ser diferente, sentir esse apoio me energiza cada vez mais!
– o medo fez com que você adiasse essa decisão?
Não sei se chamaria de medo, pois sinceramente acredito que essa nova etapa da carreira que estou construindo dará certo e renderá bons frutos (no sentido mais amplo da palavra). Porém, tomei uma decisão consciente de fazer a transição de carreira de forma gradual. Como disse, sou casada, tenho filhas, etc., e, por estar numa carreira executiva há algum tempo, romper repentinamente esse vínculo com certeza causaria um impacto grande para toda minha família no curto prazo.
Claro que em alguns momentos (especialmente no ano passado, quando tive plena consciência do que queria para minha vida e meu futuro) tive vontade de fazer uma transição radical, jogar tudo para o alto e me dedicar integralmente ao coaching. Mas, sendo um pouco mais racional, percebi que tendo foco, me planejando e, o mais importante, me mantendo em ação, já estaria seguindo na direção do que quero para minha vida. Disciplina e consistência são fundamentais nesse processo! Um passo de cada vez e estou cada dia mais perto do meu objetivo.
– o que você espera com essa mudança?
Espero apoiar cada vez mais as pessoas que, como eu há algum tempo atrás, sentem que podem ser mais realizadas do que são, ter mais entusiasmo em suas vidas, etc., porém sem saber ao certo o que (ou como) fazer. Além de apoiar essas pessoas com todo o conhecimento em coaching, tenho certeza de que ter vivido literalmente esse processo faz toda diferença no meu trabalho com meus coachees/clientes… Afinal, uma coisa é imaginar o que o outro sente quando está buscando suas respostas. Outra coisa é já ter passado por isso antes e saber quais são os principais medos e angústias que surgem nesse processo de transformação!
Por se tratar de uma profissão que me permite viver integralmente meu propósito de vida que é o de inspirar pessoas a transformarem suas vidas e, dessa forma, serem mais plenas e felizes.
– o que você diria para aquelas pessoas que são muito infelizes no trabalho, mas não fazem nada para mudar isso?
Por diversos momentos, nos sentimos impotentes e reféns de alguma situação que não nos traz felicidade. E, uma vez na condição de reféns, acabamos achando que não temos nenhuma alternativa para sair de determinada situação. Porém, acredito que sempre temos uma escolha a fazer e que, quando acreditamos que não podemos fazer nada para mudar uma situação e nos mantemos nela (apesar de tudo), podemos não nos dar conta, mas já estamos fazendo uma escolha. Estamos na vida para aprender e ser feliz. Escolher a vida que queremos para nós está totalmente em nossas mãos!
– Você tem 45 anos e uma carreira “consolidada”. Acha que seu caso se trata de um exemplo de que não tem idade para mudar de vida e ser feliz?
Com certeza! Tenho convicção de que sempre é tempo de mudar. O importante é estarmos atentos sobre nosso grau de satisfação em cada uma das dimensões de nossa vida (carreira é apenas uma delas). NUNCA, em hipótese alguma, podemos nos acomodar! Pensamentos como “Ah, agora já cheguei ‘lá’, não dá para recomeçar” ou “Meu tempo já passou, agora é tarde…” não nos levam a nada. Mas a boa notícia é que a cada dia mais pessoas ao redor do mundo estão questionando suas escolhas, se movimentando para criar novos caminhos em suas vidas e colhendo frutos muito positivos e inspiradores! E tenha certeza de que não há uma idade certa para mudar: você pode começar aos 30, 40, 50, 60 anos… Mude sempre que você perceber que poderia estar mais feliz do que realmente está.
– acha que empreender enquanto continua trabalhando é o melhor caminho para as pessoas não passarem dificuldades?
Não tem um caminho melhor… Para mim, até o momento, trabalhar em paralelo no mundo corporativo e atender como coach foi a opção mais adequada a minha realidade! Acho que cada pessoa precisa avaliar sua situação no momento da escolha! A minha opção nesse momento, confesso, foi mais conservadora!
– essa questão de trabalhar em casa e ter mais tempo livre para viver foi um dos motivos que pesaram para a tua decisão?
A escolha da trabalhar como coach teve a ver com unir alguns dos meus principais valores (liberdade, autonomia e equilíbrio) com meu propósito de vida que é inspirar e apoiar pessoas em seus processos de transformação pessoal.
2 respostas
Que inspirador! Obrigada, Dieverson, por compartilhar a história de Heloisa conosco. Nunca é tarde para dar esse passo tão essencial que é seguir seu propósito de vida, viver a cada dia mais e mais coerente com nossos valores, isso é felicidade!
Gratidão!
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Obrigado pelo comentário Isis.
É esse o objetivo do site. Inspirar pessoas a mudarem seus planos.
Abração!