O amor resolve tudo

Quando escutei a primeira vez que o amor resolve tudo, achei uma piada. Quem disse isso nesse caso foi o Sérgio Mallandro (sim, ele mesmo) em uma entrevista. Pensei na hora que só um louco como ele poderia falar isso. O tempo passou, a vida passou e muitas coisas aconteceram. E aqui estou escrevendo sobre isso.

O mais doido é parar, respirar fundo e pensar que você concorda com algo que até pouco tempo atrás discordava 100%. Hoje eu acredito sim que o amor resolve tudo. Fique tranquilo que vou esmiuçar melhor essa ideia. Mas, de fato, eu acredito sim nessa teoria do saudoso Sérgio Mallandro e de tantas outras pessoas.

Tenho vivido o amor de forma intensa e feliz no meu relacionamento. Nos últimos dias tive uma conversa bonita com uma querida amiga também sobre o mesmo tema: o amor. Como pode algo tão forte, potente e intenso ficar em segundo plano por muitos momentos em nossas vidas? Porque chegamos a esse ponto e tomamos atitudes como essa?

E não estou falando apenas do amor afetivo entre casais. Estou falando do amor no geral, na forma de lidar e conversar com qualquer pessoa, em qualquer situação. Fica comigo que vamos refletir um pouco mais sobre isso agora.

Vivendo com amor no dia a dia

É mais do que necessário pensarmos que precisamos amar a nós mesmos antes de qualquer coisa. Clichê e repetitivo, sim. Mas o início de todo esse papo sobre amor. Você não pode oferecer ou tentar oferecer algum sentimento positivo ao próximo sem sentir o mesmo por você. Falar de autoconhecimento soa clichê também, mas é mega necessário e inclusive para essa situação. Mais uma vez sinto que é importante pensarmos sobre isso.

Leia sobre o tema, procure fazer coisas que goste, passe a ter formas de apreciar sua própria companhia. Todas essas pequenas atitudes vão te ajudar a se amar mais, se sentir melhor consigo mesmo e mais feliz para também amar o próximo.
Dito isso, vamos pensar juntos sobre essa questão do amor.

De tudo que já escrevi, meu texto mais lido até hoje fala sobre ajudar quem não quer ajuda. Escrevi sobre um caso que ocorreu no reality show da Nathalia Arcuri. Clica aqui se quiser ler o texto. De fato não podemos oferecer ajuda para quem não está disposto a receber qualquer tipo de auxílio.
No caso do amor, vejo de forma um pouco diferente.

Imagine que você vai até alguma loja resolver um problema com sua compra. Um sapato foi comprado, mas em pouco mais de uma semana já mostrou defeito. Na sua cabeça é óbvio que está certo e que o produto vai ser trocado.

Chegando lá a recepção não foi tão amigável. O vendedor não foi muito simpático, não fez questão alguma de ajudar e passou o caso para outra pessoa resolver. Sua irritação começa a aumentar. Você fica com raiva do vendedor, da loja e promete a si mesmo nunca mais ir até lá. Eis que, na hora da troca do produto, você é informado que por já ter usado não será possível fazer a troca. Nesse momento você explode, xinga tudo e todos e promete processar a empresa.

Agora imagine tratar essa situação de forma diferente desde o início. O vendedor talvez só estava em um dia ruim. Possivelmente com problemas pessoais e por isso não foi tão educado. Você agradece e aguarda outra pessoa te atender. A pessoa que te atende não é muito educada, talvez pelo mesmo motivo.

Ao te falar que não é possível fazer a troca, em vez de explodir, você respira fundo e com amor no coração diz a ela que não gostou da situação, que o produto estragou dentro do que você achava ser o período de garantia e que o ideal seria chegarem juntos a uma solução satisfatória. Sem aumentar o tom de voz, sem xingamentos.

De uma forma amorosa e simpática você tenta fazer com que a situação seja resolvida da melhor forma. E, se não for, fica a lição para a próxima compra. Talvez seja caso sim de não comprar mais na mesma loja. E aproveitar o sapato da forma que for possível, já que não tem mais como devolver.

Percebe a diferença nas duas situações? É obvio que é uma situação chata e desconfortável de acontecer. Mas podemos lidar com a mesma situação de duas formas: com ódio ou com amor.

Pequenas atitudes que fazem a diferença

Sabe aquela pequena iniciativa de abrir a porta do carro para a outra pessoa entrar? Você pode pensar que é machismo ou algo do tipo. Mas independente do sexo e deixando isso de lado, são pequenos gestos que fazem toda a diferença. E também mostram como lidar com amor torna a vida muito melhor de viver.

Um costume que eu tenho quando vou a um supermercado é de comprar um bombom e dar para quem me atendeu no caixa. Uma atitude simples e que não me custa mais do que um real. As reações são diferentes, mas sempre para o lado positivo. Aquele sorriso no rosto, a pessoa fica sem graça, puxa um assunto para interagir um pouco mais. Em uma atitude muito pequena eu tornei o dia de outra pessoa melhor, fiz ela ter mais um momento de alegria.

Não são todos os dias que seremos muito criativos com ideias para surpreender as pessoas do nosso convívio, mas pequenas atitudes como essa fazem total diferença. E mostram também como tratar o próximo com amor sempre é a melhor saída.

Experimente a partir de hoje ter pequenas atitudes como essa e veja como vai se sentir depois disso, como vai ficar o ambiente que está e que de fato as coisas vão ser melhores e a vida ficar mais leve.

Sempre que possível, dentro do contexto em que você está, uma sugestão também é fazer algum elogio. Elogie o trabalho do seu colega, o almoço que seu companheiro ou companheira preparou, fale para quem está com você que o sol está bonito, que o dia está agradável e vocês devem aproveitar.

Na maior parte das vezes esquecemos de olhar com atenção a todos esses pontos positivos do mundo e focamos no lado negativo, no que não temos e estamos sentindo falta. Essa é outra atitude que vai mudar o seu dia a partir do momento que for implementada.

Por último, mas talvez o mais importante: escute o outro.

A ansiedade é um grande problema e todos nós sabemos disso. Em muitas situações ouvimos alguém falar já pensando no que responder, em como rebater a resposta. Em vez disso, o que deveríamos fazer é de fato escutar com atenção o que o outro tem a dizer, oferecer o famoso ombro amigo, aquele apoio, a escuta com afeto.

É claro que podemos dar aquele puxão de orelha nas pessoas sempre que possível, mas temos momentos para isso. Tem dias que aquela pessoa só quer desabafar, te contar algo e ter um apoio. Nesse dia não é ideal argumentar, dizer o que ela deve fazer e como fazer. É aquele dia de apenas ouvir e oferecer conforto. E vejo que pecamos muito nisso, pois estamos sempre querendo resolver os problemas ou apontar caminhos rapidamente. Esquecendo que tudo tem seu tempo, tem um processo.

Que tal ouvirmos de coração aberto o que o outro tem a dizer, sem pressa e sem julgamentos? Essa é mais uma forma de tratar o próximo com amor e ter resultados ainda mais satisfatórios. Além, claro, de fortalecer os vínculos com essa pessoa. Vamos tentar experimentar também?

O amor de fato é a saída para termos uma vida mais leve, mais feliz e tornarmos o mundo melhor para todos. Esse é só o início dessa importante conversa que precisamos ter sobre esse assunto. Mas não tenha dúvidas que com pequenas atitudes como essas você já vai ver diferença e confirmar a tese de que o amor é a saída para nossa vida ser melhor.

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