Pensando sobre o que acreditamos ou não

Recentemente encontrei um familiar para conversar. No meio da conversa, ele me disse que tinha visto uma sequência de números incríveis. Ao memorizar um número, logo em sequência ele sumia da tela. Algo mágico e difícil de explicar.
Ilusão de ótica ou o que seria? Fiquei curioso e recebi o vídeo com esses números.

Ao olhar com calma, percebi que todos os primeiros números que aparecem são trocados por outros na próxima tela. Ou seja, todos os números trocariam, memorizando ou não. Ao explicar isso, a frustração era visível em seus olhos e o assunto ficou de lado.

Esse é só mais um exemplo de conteúdos que chegam pelo WhatsApp ou redes sociais e as pessoas acreditam sem nem entender o real significado.

Era uma espécie de Fake News, mas que não compartilhava informações falsas de forma deliberada pelo menos. O jantar seguiu e esse assunto ficou de lado.

Mas mostra bem o quanto algumas informações, na maior parte das vezes sem nenhum sentido, são espalhadas e as pessoas vão acreditando cada vez mais, sem pensar se faz sentido ou se realmente é verdade.

É claro que o fato das Fake News relacionadas com a política todos nós já sabemos e não é novidade. Mas sobre esses outros assuntos mais leves, também chama a atenção e provoca reflexões importantes.

A tendência de acreditar em quase qualquer informação

Se uma pessoa me enviou um conteúdo, a tendência é que quanto mais eu a conheça e confie, mais possa acreditar no que foi enviado. Alex Castro escreveu recentemente em um texto muito bom sobre o assunto. Deixo aqui o link para você ler depois.

Mas o fato é que você estará acreditando mais na pessoa do que na informação inicialmente. E isso não está errado. Não é essa a questão.

Se você me mandar uma informação que pareça um pouco absurda, minha primeira reação, antes mesmo de responder, vai ser pesquisar no Google e tentar encontrar maiores informações sobre isso. Acho coerente fazer isso.
Mas conforme o exemplo acima de um familiar e outros tantos exemplos que conhecemos, isso dificilmente acontece com as pessoas.

Se uma pessoa de muita confiança passou a informação, deve ser verdade. Será que não pode ter repassado algo também sem ter feito essa conferência?

Imagine agora a situação por outro ângulo. Você encontra uma informação importante, sobre algum assunto que já tinha até conversado com um amigo, com seu namorado, namorada ou familiar. Ao repassar essa informação para voltar ao assunto, recebe respostas até meio agressivas.

“É Fake News”, “esse site não é confiável”, “essa empresa recebeu dinheiro de X e Y”.

E antes mesmo de iniciar uma conversa importante sobre o assunto ou confirmar a informação, é assim que a pessoa que recebeu a notícia responde.

Como lidar com isso


Independente do local que chegou essa informação, esse exemplo que dei do meu familiar demonstra que sempre devemos confirmar antes de ter certeza sobre algo. É claro que não são todos que confirmam, mas cada vez mais precisamos pensar em formas de que isso seja algo mais comum na vida de todos. Assim o mundo se torna um lugar mais bem informado e todos saem ganhando.

Parece que o assunto começou com uma simples brincadeira do WhatsApp e termina falando de notícias falsas. E é difícil não lembrar de política e tudo que passamos nos últimos anos. Sim, a questão política é muito importante. Mas não somente ela. Vamos pensar também em todos os assuntos e quem sabe começar uma conversa que pode parecer óbvia e cansativa, mas também precisa de mais reflexões.



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Olá. Meu nome é Dieverson Colombo, tenho 32 anos e definitivamente não consigo me apresentar em poucas palavras. Mas para você não ficar mais confuso, posso te dizer que me formei em jornalismo, já fiz muita coisa para conseguir pagar as contas, sou escritor e publiquei meu primeiro livro em 2019. Também gosto muito de ouvir e produzir podcasts e por isso você vai encontrar conteúdos nesse formato por aqui.

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