Sobre lidar com outras pessoas

Sem dúvidas uma das maiores dificuldades em nossa vida vai ser lidar com outras pessoas, suas angústias, tristezas, formas de ver a vida e maneiras de viver. Isso faz parte e desde cedo, quando começamos a ir para a escola e conviver com colegas, já percebemos isso.

Hoje com mais convívio social isso começa ainda mais cedo.

Mas porque, mesmo algo natural e tão necessário para qualquer pessoa, pode ser ao mesmo tempo tão desafiador e complicado?

Por vários motivos estou pensando mais sobre esse assunto e trago essa reflexão agora para pensarmos juntos!


A arte de se relacionar


falei aqui como é difícil se relacionar depois dos 30 anos. E não estou falando do relacionamento afetivo e sim de qualquer relação. No trabalho, com familiares, clientes e amigos. Não importa a situação.

Conversava com um profissional liberal que precisa chamar seus clientes e fazer cobranças. E o que era para ser mais tranquilo, foi se mostrando cada vez mais desafiador, na medida que a gente conversava.

Quando converso com meus pais, sempre há algum relato de algum familiar ou alguma situação em que foi necessário conversar e se relacionar com pessoas com ideias e posições diferentes.

Um amigo me conta uma situação muito particular que está enfrentando na sua vida.
E em todos esses casos depois de se relacionar com a pessoa, lidar com o outro, a situação não termina bem e gera muito mais conflitos do que antes. Isso infelizmente é comum. Mas precisa ser dessa forma? De onde vem tanta dificuldade?


Lidando com outra pessoa


Acredito que tudo comece com a expectativa. Ao conversar com um amigo, mesmo sem ser intencional, você cria uma expectativa de como ele vai receber o que você está falando. E é até impressionante, mas dificilmente acertamos como a pessoa vai reagir.

Na verdade é errado desde o começo, porque ao conversar com alguém e criar expectativa sobre a resposta, já mostra que não estamos sequer atentos para ouvir o que a pessoa tem a dizer. E essa é uma grande falha.

Sinto cada vez mais que precisamos ouvir com calma, sem pensar na resposta e sim prestando atenção no que o outro está dizendo.

O termo popular para isso é escuta ativa, mas de uma forma mais simples é apenas prestar atenção no outro. Sem julgamentos, sem querer cortar o que a pessoa está dizendo. E, especialmente, sem querer estar certo.

Com tudo que passamos, especialmente com o período eleitoral de 2022, pode até estar mais desafiador de conversar com quem pensa diferente, com quem tem posições muito diferentes. Mas de forma alguma podemos deixar de fazer isso, porque é necessário e saudável inclusive.

E tem total relação com o que estou falando aqui, já que vem disso uma parte da falta de paciência em ouvir o próximo.

Deixar de fazer isso é quase como um soco no estômago, uma forma de desistir de ouvir uma opinião diferente, de aceitar que o mundo e as pessoas são muito plurais e cada uma tem sua vivência, sua história, seu ponto de vista. Então esse é um caminho muito perigoso e que não podemos pensar em seguir.


Uma mudança de postura


Talvez o necessário inicialmente seja isso. Avaliar e entender que é necessário e importante para a sociedade como um todo, e inclusive para você, conversar com quem pensa diferente. Provavelmente seus pais e familiares pensam de forma diversa e já começa um afastamento de tentar dialogar com quem pensa o oposto nesse ciclo familiar.

Ler e entender melhor sobre a escuta ativa, a comunicação não violenta e inclusive questões relacionadas com a ansiedade é um caminho. Faço tratamento para ansiedade há anos e acredito muito que o fato de não conseguir ouvir o que alguém está querendo dizer também pode estar relacionado com esses sintomas.

E pare e pense como seria se todas as pessoas pensassem igual. De fato, seria extremamente chato e desagradável. Opiniões diversas e diferentes pontos de vista sempre vão ser saudáveis. E para o lugar que vivemos ser cada vez melhor, precisamos pensar em colaborar com isso.

Me conta como foram suas percepções sobre o tema e como esse assunto chega para você atualmente. E seguimos conversando.



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Olá. Meu nome é Dieverson Colombo, tenho 32 anos e definitivamente não consigo me apresentar em poucas palavras. Mas para você não ficar mais confuso, posso te dizer que me formei em jornalismo, já fiz muita coisa para conseguir pagar as contas, sou escritor e publiquei meu primeiro livro em 2019. Também gosto muito de ouvir e produzir podcasts e por isso você vai encontrar conteúdos nesse formato por aqui.

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